segunda-feira, 14 de novembro de 2011

"UM TAPINHA NÃO DÓI"



Antes de tudo, deixo bem claro que gosto de quase todos os perfis de homens, e os fofos são um deles. Aqueles com carinha de nerd, tímido e de óculos, adoro. Mas cada situação e lugar pede uma alteração, ainda que pequena, no comportamento, por que no sexo seria diferente?

            Então, peço: Homens, por favor, não sejam fofos no sexo!!! 

Não quero expor as pessoas com quem estive, mas preciso dar este exemplo: a coisa que mais gosto no meu namorado na cama é que o ‘lado B’ dele é quase ‘Z’. Seria pedir muito que os homens fossem todos assim? Que nos surpreendessem entre quatro paredes (ou no mato, como preferirem)?

            Quando penso nisso, sempre me vem à mente aquela música do Chico Buarque, ela dá uma noção do que seja um bofe quente, que nos tira o pudor:



O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa


            Na sorveteria todas as melosidades são bem vindas, mas na hora da putaria eu gosto mesmo é da “imundice”, é o momento em que eu me livro da carcaça de mulher autossuficiente e mandona e visto a pele da tigresa insaciável. Adoro tapas e apalpadas violentas na bunda, pequenos tapinhas no rosto e obscenidades gritadas.

            Alguns podem achar que estou jogando anos de luta feminista no lixo, mas eu ADORO ser dominada no sexo (claro que não vale me obrigar a fazer o que não quero), adoro quando o cara puxa meus cabelos, me dá surras, me chama de bandida, me lambuza de esperma, me aperta na parede e diz que vai acabar comigo!

            Teve um cara, com quem só transei uma vez, que olhava no meu olho e perguntava: - Tu é safada, né? Tu gosta é de vadiar, né? --- Céus, como eu ficava louca! Nem precisava de muitos “palavrões”, bastava ele me instigar a pensar e construir uma outra imagem de mim mesma.

            O sexo, falar dele e fazê-lo, ainda é tabu na conjuntura em que vivemos, as pessoas fazem parecer que é um elemento à parte na vida, que é feio e sujo. Não acho isso de todo ruim, porque oportuniza que o usemos justamente pra extravasar nossa tigresa interior, que vive sufocada pela hipocrisia cotidiana.

            Caríssim@s, concluo citando um trecho de uma música digna dos grandes clássicos da MPB: “Dói, um tapinha não dói!”.

(Gisele Morais)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LINDEZA





Deslinda a solidão

Esvazia a saudade

Fuma o orgulho

Escarra a dor

Goza a boniteza das coxas entrelaçadas



(Gisele Morais)